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CONSTRUÇÃO DE BLOG DE MATEMÁTICA NO COLÉGIO ESTADUAL JOÃO TURIN
Autora: Rosangela Cachoeira Javorski1
Orientadora: Neila Tonin Agranionih2
Resumo O objetivo do artigo é relatar e analisar o processo de construção e implementação de um Blog de Matemática no Colégio Estadual Jõao Turin, bem como apresentar as expectativas, angústias e dificuldades sentidas pelos professores no decorrer do processo. O trabalho contou com a participação de quatro professores de Matemática, sendo desenvolvido nas dependências do Laboratório de Informática. O trabalho teve início a partir da sondagem da receptividade quanto ao interesse da utilização de um blog no ensino e aprendizagem da Matemática e da aplicação de uma pesquisa diagnóstica de análise qualitativa, através de um questionário, com o objetivo de investigar o que os professores conheciam com relação às TIC´s e como utilizavam esses saberes e meios tecnológicos no desenvolvimento dos conteúdos matemáticos. O processo de construção do blog envolveu todos os docentes que reconheceram a importância das TIC´s no ensino, embora muitos deles tenham apontado dificuldades em agregar essa nova metodologia nas aulas, argumentando que além da ausência de tempo para preparar aulas envolvendo o uso das novas tecnologias, ainda há necessidade de cursos de capacitação continuada. A capacitação é ponto importante do processo pois direciona os diferentes níveis de conhecimentos tecnológicos dos professores e apoio pedagógico no laboratório de informática, tendo em vista a necessidade de otimizar o tempo e dirimir dúvidas que envolvam tanto o uso dos computadores como sugestões de softwares, sites e metodologias educativas direcionadas ao uso das TIC´s.
Palavras-chave: Blog de Matemática. TIC’s. Ensino e aprendizagem de
Matemática.
1 Introdução
O interesse em trabalhar com esta temática decorre da experiência adquirida
no trabalho como professora atuando no Laboratório de Informática e na biblioteca
do Colégio Estadual João Turin e das experiências em sala de aula no decorrer da
pratica docente. Desde o ano de 2009, trabalhando ao lado dos professores do
1 Especialista em Educação – Professora de Matemática da Rede Pública do Estado do Paraná
2 Doutora em Educação - Professora do Departamento de Praticas de Ensino- Setor de Educação -
UFPR
referido Colégio na função de apoio pedagógico, constatou-se a necessidade de ter
na escola pessoas com conhecimentos didático/pedagógicos e conhecimentos de
informática, para auxiliar os docentes na elaboração de material midiático e,
enriquecer, desse modo, o trabalho com os conteúdos abordados em sala de aula.
No período que compreende o final do ano de 2008 até meados de junho de
2009, buscou-se informações sobre as diversas áreas do conhecimento, procurando
compreender as diretrizes curriculares que norteiam cada disciplina para que
houvesse, assim, qualidade na elaboração de materiais destinados a professores.
Para tanto, contou-se com a orientação dos professores e, ao mesmo tempo,
considerou-se o interesse dos estudantes pela nova roupagem das aulas
envolvendo material midiático.
Desta forma, foi possível comprovar o quão útil a televisão multimídia se
apresentava naquele momento, auxiliando, sobremaneira, o ensino/aprendizagem.
Imagens que antes eram restritas aos livros didáticos, passaram a fazer parte do
cotidiano dos estudantes de forma real, com movimentos tridimensionais. E o que
dizer dos filmes? Professores, que outrora utilizavam somente a oralidade e o
quadro negro para exporem os conteúdos, passaram a dispor de recortes de filmes,
diálogos, fotografias, o que enriqueceu as aulas, aguçando a curiosidade dos
estudantes. Imagem e som permitiram mudar o cenário das aulas.Assim, no primeiro
momento, parecia que as expectativas dos professores por novos recursos para
enriquecer sua prática pedagógica haviam sido alcançadas.
Novas tecnologias foram incorporadas aos recursos do Colégio, entre elas
os computadores e a Internet. Os professores, em sala de aula perceberam a
necessidade de continuar inovando e utilizando metodologias diferenciadas. Os
recursos existiam, porém o espaço temporal disponível para a preparação de meios
alternativos utilizando as novas TIC’s, demandava conhecimento na área de
informática. Mesmo com a participação em cursos oportunizados pelo Governo do
Paraná, as dúvidas persistiam e a dedicação exigida para interação com o novo
meio midiático requeria tempo.
Neste momento estavam sendo desenvoldidas no Colégio, atividades de
cunho pedagógico que envolviam conhecimentos na área das TIC´s, buscando
assessor os professores na utilização da internet em pesquisas na área da
educação, ou seja: visitando blogs e sites, com conteúdos das diversas disciplinas e
construindo material didático para ser utilizado na TV multimídia. A ideia da
construção de um blog com a finalidade de divulgar conhecimentos matemáticos
decorre desta vivência. Desta forma, buscou-se possibilitar aos professores um
canal de comunicação com os alunos, valorizando o estudo dos conteúdos da
Matemática no cotidiano estudantil.
Como professora PDE, a idéia se consolida no desenvolvimento do projeto
“Construção de Blog de Matemática no Colégio Estadual João Turin”, tornando
possível caminhos alternativos ao ensino da Matemática, através da viabilização de
uma ferramenta de comunicação entre os professores, alunos e conteúdos
matemáticos de forma participativa. O objetivo deste artigo é relatar e analisar o
processo de construção e implementação do referido Blog, salientando
expectativas, angústias e dificuldades apresentadas pelos professores no decorrer
do processo.
2 Revisão Teórica
Admitir o ensino apenas como um processo de transmissão de
conhecimentos já consolidados é não compreender as necessidades da sociedade
contemporânea, ignorando a forma como ela se formou e desconhecendo a forma
com que os indivíduos estabelecem relações com seus pares: comunicando-se,
trocando bens, unindo-se em atividades comuns, superando as dificuldades que o
compartilhamento de espaço induz. Isto porque, de acordo com Sundfeld (2010), a
vida humana é uma experiência compartilhada, impondo a formação de grupos
sociais.
Sendo assim, torna-se inconcebível compreender o ensino de forma isolada,
sob pena de ignorar-se a evolução cultural que busca respostas às necessidades do
ser humano em sua época. Seria desconsiderar a importância da incorporação, no
processo educativo, de novas formas de comunicação, novos estilos de trabalho,
novas maneiras de acessar as informações.
Dessa forma, percebe-se que produzir conhecimento envolve oportunizar a
interatividade entre alunos e professor, inovando as práticas de ensino, conduzindo
o docente na avaliação dos fundamentos teóricos empregados em sua prática diária
na sala de aula, levando o professor a rever e refletir sobre as tendências
pedagógicas que orientam o seu trabalho pedagógico, de forma a atender as
exigências do mundo moderno.
Na sociedade contemporânea, a escola deve ser capaz de conectar os
conhecimentos historicamente construídos com os que ainda estão por vir e os
computadores e a informática têm um importante papel no processo, como diz
Churchhouse (2012, p.1):
Os computadores e a informática estão a subverter todas as sociedades da nossa época. Tal como a máquina a vapor introduziu a primeira revolução industrial, o computador introduziu aquilo a que se chama muitas vezes a segunda revolução industrial. As perspectivas são imensas: supressão de trabalhos repetitivos ou penosos, novas necessidades, novas profissões, novas qualificações.
Nesse contexto histórico, encontram-se as tecnologias presentes no
cotidiano da sociedade, uma vez que “a comunicação, a informática, a organização,
vão pôr uma série de problemas que podem ter um papel motor no desenvolvimento
científico” (CHURCHHOUSE, 2012, p.1). Outrossim, não se pode deixar de salientar
que com o advento da globalização, na qual as informações são amplamente
divulgadas ao mesmo tempo, em todos os locais do globo terrestre, torna-se cada
vez mais difícil encontrar indivíduos isolados, alienados culturalmente pela falta de
conhecimento dos meios tecnológicos que dominam a sociedade contemporânea.
Às instituições educacionais cabe a responsabilidade social, sendo elas
públicas ou não, de responder aos anseios das classes sociais que constituem essa
sociedade. Para tal, todos os profissionais da escola precisam unir-se na construção
do Projeto Político Pedagógico, pois é um documento que define, conforme Veiga
(1995, p. 13):
[...] um rumo, uma direção [...] é uma ação intencional e tem compromisso definido coletivamente [...] no sentido de definir as ações educativas e as características necessárias às escolas de cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade.[...] propicia a vivência democrática necessária para a participação de todos os membros da comunidade escolar e o exercício da cidadania. [...] trata-se de uma relação recíproca entre a dimensão política e a dimensão pedagógica da escola.
Da mesma maneira, é preciso repensar a estrutura escolar e a forma pela
qual ela procura responder as exigências contemporâneas, revendo os currículos
escolares, a forma com que os conhecimentos são transmitidos e a maneira com
que a escola responde aos interesses da sociedade estudantil, contribuindo, dessa
forma, com a qualidade de vida, proporcionando maior dignidade à humanidade,
revelando-se no encontro de cada indivíduo como outros, efetivando a
aprendizagem significativa.
Pensando dessa forma, o ensino da Matemática deve contribuir de forma a
conduzir o educando na superação de suas dificuldades, possibilitando o
desenvolvimento de sua capacidade de refletir sobre o momento em que se insere,
planejando, trabalhando e decidindo em grupo. Também deve orientar o aluno,
tornando-o capaz de acionar e conduzir adequadamente as informações,
relacionando o conhecimento com a prática. Com isso, será possível compreender
as transformações pela qual a sociedade e a escola perpassam, por meio de
estímulos aos projetos que instigam o uso das inovações tecnológicas na educação
e na construção do conhecimento.
O artigo 22 da Lei das Diretrizes e Bases, afirma que a educação deve
assegurar a todos "a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e
fornecer-lhes meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (BRASIL,
2012).
Nesse sentido, o ensino da Matemática deve procurar contribuir na
valorização da pluralidade sociocultural, criando condições para que o aluno
transcenda um modo de vida restrito a um determinado espaço social e se torne
ativo na transformação de seu ambiente.
Assim, a clareza dos objetivos que se deseja atingir nas atividades
propostas aos alunos é fundamental. Refletir sobre a prática docente sempre que
avaliar o aluno, é reavaliar o trabalho docente que, de forma alguma, poderá perder
a visão do processo em que ocorre a ação.
As possibilidades metodológicas oferecidas pelas novas tecnologias pouco
são exploradas, devido principamente às dificuldades encontradas no ambiente de
trabalho pelos professores, em particular os da área de Matemática. As informações
circulam de forma desordenada através dos mais diversos multimeios que estão
próximos da escola, e os alunos já fazem uso de diversos meios tecnológicos. Cabe
então ao professor, o desafio de utilizá-los de forma a mediar à construção do
conhecimento, encontrando possibilidades que facilitem a compreensão dos alunos:
uma vez que:
As novas tecnologias de comunicação (TICs), sobretudo a televisão e o computador, movimentaram a educação e provocaram novas mediações entre a abordagem do professor, a compreensão do aluno e o conteúdo
veiculado. A imagem, o som e o movimento oferecem informações mais realistas em relação ao que está sendo ensinado (KENSKI, 2007, p.45).
Refletindo acerca das desigualdades sociais, surge a preocupação da
inserção de todas as classes sociais no uso das tecnologias de informação e
comunicação (TIC´s) no ensino/aprendizagem da Matemática. De acordo com Borba
e Penteado, “[...] à medida que a tecnologia informática se desenvolve, nos
deparamos com a necessidade de atualização de nossos conhecimentos sobre o
conteúdo ao qual ela está sendo integrada” (2003, p. 64-65).
Assim, o professor deve pleitear, insistentemente, cursos de atualização que
visem acompanhar as inovações tecnológicas, fornecendo subsídios didáticos aos
docentes de forma a facilitar o manuseio dessas ferramentas (TIC´s) no ensino da
Matemática. Para Borba e Penteado (2003, p. 64-65):
Ao utilizar uma calculadora ou um computador, um professor de matemática pode se deparar com a necessidade de expandir muitas de suas ideias matemáticas e também buscar novas opções de trabalho com os alunos. Além disso, a inserção de TIC´s no ambiente escolar tem sido vista como um potencializador das ideias de se quebrar a hegemonia das disciplinas e impulsionar a interdisciplinaridade.
A apropriação dessas tecnologias pelo professor de Matemática une de
forma interdisciplinar o ensino matemático às outras áreas do conhecimento,
potencializando a aprendizagem dos conteúdos matemáticos.
Ao sugerir a construção de um blog voltado aos interesses educacionais dos
professores de Matemática e dos estudantes do Colégio Estadual João Turin,
acredita-se estar contribuindo com uma amplitude de possibilidades que visem a
socialização da Educação Matemática, demonstrando aplicabilidade dos conteúdos
matemáticos presentes no dia a dia dos estudantes.
2.1 Da Legislação
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional DE 1996 – LDB/96,
contempla o uso da tecnologia na educação básica, no artigo 36 inciso I:
O currículo do ensino médio observará o disposto na Seção I deste Capítulo e as seguintes diretrizes:
I - destacará a educação tecnológica básica, a compreensão do significado da ciência, das letras e das artes; o processo histórico de transformação da sociedade e da cultura; a língua portuguesa como instrumento de comunicação, acesso ao conhecimento e exercício da cidadania;
Assim, a intenção do legislador está voltada à socialização das inovações
tecnológicas, garantindo igualmente o acesso aos meios midiáticos a todas as
classes sociais, tendo em vista que o referido artigo trata do currículo do ensino
médio, sejam ou não destinados a instituições públicas. Segue, então, o legislador,
nesta mesma Lei, complementando o artigo 36:
§ 1º Os conteúdos, as metodologias e as formas de avaliação serão organizados de tal forma que ao final do ensino médio o educando demonstre: I - domínio dos princípios científicos e tecnológicos que presidem a produção moderna;
Dessa forma, decorrentes da LDB/96, surgiram diversos documentos legais:
Portarias, Decretos e Resoluções do Conselho Nacional de Educação – CNE, que
inseriram a tecnologia em todas as áreas do conhecimento da Educação Básica.
Assim, busca-se oportunizar ensino de qualidade a todo segmento social,
promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e
quaisquer outras formas de discriminação.
O parecer CNE/CEB Nº: 7/2010 diz que
[...] enquanto a escola se prende as características de metodologias tradicionais, com relação ao ensino e a aprendizagem como ações concebidas separadamente, as características de seus estudantes requerem outros processos e procedimentos, em que aprender, ensinar, pesquisar, investigar, avaliar ocorrem de modo indissociável. Os estudantes, entre outras características, aprendem a receber informação com rapidez, gostam do processo paralelo, de realizar varias tarefas ao mesmo tempo, preferem fazer seus gráficos antes de ler o texto, enquanto os docentes creem que acompanham a era digital apenas porque digitam e imprimem textos, tem e-mail, não percebendo que os estudantes nasceram na era digital.
Este mesmo parecer aborda, com propriedade, o uso das tecnologias da
informação e comunicação (TIC´s) como:
[...] uma parte de um contínuo desenvolvimento de tecnologias, a começar pelo giz e os livros, todos podendo apoiar e enriquecer as aprendizagens. Como qualquer ferramenta, devem ser usadas e adaptadas para servir a
fins educacionais [...] como apoio pedagógico às atividades escolares, deve também garantir acesso dos estudantes à biblioteca, ao rádio, à televisão, à internet aberta às possibilidades da convergência digital [...] estimulando a criação de novos métodos didático-pedagógicos, para que tais recursos e métodos sejam inseridos no cotidiano escolar. Isto porque o conhecimento científico, nos tempos atuais, exige da escola o exercício da compreensão, valorização da ciência e da tecnologia desde a infância e ao longo de toda a vida, em busca da ampliação do domínio do conhecimento científico: uma das condições para o exercício da cidadania. O conhecimento científico e as novas tecnologias constituem-se, cada vez mais, condição para que a pessoa saiba se posicionar frente a processos e inovações que a afetam. [...] Nesse contexto, tanto o docente quanto o estudante e o gestor requerem uma escola em que a cultura, a arte, a ciência e a tecnologia estejam presentes no cotidiano escolar, desde o início da Educação Básica.
A preocupação do legislador em possibilitar a todos os indivíduos as
mesmas oportunidades, o acesso aos meios midiáticos, é observado no artigo 28
pela Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Educação – CNE, de 14 de dezembro
de 2010:
Art. 28. A utilização qualificada das tecnologias e conteúdos das mídias como recurso aliado ao desenvolvimento do currículo contribui para o importante papel que tem a escola como ambiente de inclusão digital e de utilização crítica das tecnologias da informação e comunicação, requerendo o aporte dos sistemas de ensino no que se refere à: I – provisão de recursos midiáticos atualizados e em número suficiente para o atendimento aos alunos;
II – adequada formação do professor e demais profissionais da escola.
A escola se vê frente ai desafio de incorporar recursos midiáticos ao seu
currículo, adequando-o a essas mudanças. O mesmo pode-se dizer em relação aos
professores.
2.2 O que são Blogs?
Blogs são sites que facilitam a divulgação de artigos, chamados de posts,
com conteúdos direcionados a um público específico, neste caso, conteúdos
pertinentes ao ensino da Matemática. Dessa forma, o Blog é um recurso tecnológico
que possibilita socializar as ações individuais e coletivas. Sua criação pode
acontecer de forma participativa onde o professor e o aluno divulguem seus
conhecimentos matemáticos, suas produções, pesquisas, dúvidas e sugestões.
Atualmente, existem dois sistemas principais para criar um blog: Blogger e
WordPress. No projeto PDE, propôs-se criar um blog no Blogger, porque é a
plataforma mais difundida entre os blogueiros e um excelente local para iniciar os
trabalhos na grande rede.
Na área educacional, os blogs permitem a criação e desenvolvimento
coletivo de conteúdos, unindo estudantes e professores em torno da construção e
desenvolvimento de conhecimentos de forma simples e dinâmica. Lendengue e
Silva explicam que “[...] o blog é uma ferramenta virtual de aprendizagem, presente
na web, que promove uma nova forma de interagir, conhecer, pensar, escrever e ler”
(2010, p. 3).
A proposta este estudo visa à integração do conteúdo matemático com este
meio tecnológico
3 A construção do Blog de matemática no Colégio Estadual João Turin
O projeto foi realizado no Colégio Estadual João Turin, junto aos professores
do Ensino Fundamental e Médio, do turno matutino e vespertino, no período de abril
a dezembro de 2011.
Objetivando atingir as metas traçadas no projeto, iniciou-se com o
esclarecimento aos professores de Matemática, nas horas atividades, sobre a
metodologia adotada no projeto e sobre a necessidade social da escola, em especial
dos professores, em acompanhar as mudanças e inovações tecnológicas presentes
no cotidiano dos estudantes.
Neste primeiro contato, buscou-se também sondar a receptividade e o
interesse dos professores para utilização do blog no ensino e aprendizagem da
Matemática, pois conforme Ramon de Oliveira “[...] devemos buscar que os
planejamentos educacionais visualizem a escola como local de construção do
conhecimento e de socialização do saber” (2006, p. 60).
Logo após, os professores de Matemática participaram de uma pesquisa
diagnóstica de análise qualitativa, através de um questionário. O principal objetivo
deste momento do projeto consiste em investigar o que os professores conhecem
com relação às TIC´s e como utilizam esses saberes e meios tecnológicos com os
estudantes no ensino aprendizagem da Matemática, para que, então, fosse possível
traçar as estratégias de ação para a fase seguinte do projeto, a elaboração e
apresentação de um material didático com orientações para a construção do blog.
3.1 O que disseram os professores
Observando as respostas dos professores sobre as tendências em
Educação Matemática, percebeu-se que os mesmos não relacionaram sua
metodologia com o tema em questão. A posição dos professores frente ao
questionamento é elucidada nas palavras da Professora C:
Tendência pedagógica é modismo. O que temos são diversas salas
de aulas e alunos diferentes que seguem o legal do momento: não
estudar. É assim que trabalhamos, tentando dar conta do recado.
As reflexões de Kenski (2007, p.109) são pertinentes frente à resistência dos
professores ao fenômeno da mudança:
[...] as escolas e os professores precisam estar comprometidos com uma primeira e principal (senão única) ação: a aprendizagem dos alunos. E, para isso, não adianta ficar apenas no nível do discurso e nem na proposta ou no planejamento pedagógico. O compromisso precisa ser real. E, olhando espaços, tempos, propostas e planejamentos pedagógicos vemos que essa escola não se adéqua estruturamente a essa nova realidade.
Foi indagado sobre a possibilidade de ensinar Matemática por meio das
TIC´s, construindo, para tanto, um Blog voltado para o ensino e aprendizagem da
Matemática na escola, em especial nas atividades desenvolvidas em sala de aula.
Perguntou-se, também, a respeito do grau de conhecimento, de cada professor
quanto ao uso do computador.
Os professores afirmaram que possuem interesse e vontade de aprender a
manusear didaticamente essa ferramenta educacional. Ressaltaram, também, que
se pudessem dispor de tempo, um blog auxiliaria, ainda mais, a forma como
delineiam os conteúdos, possibilitando a troca de atividades, o conhecimento da
forma como cada um aborda o mesmo assunto e, ainda, tomando ciência das
dificuldades dos alunos, não só das turmas que atuam, como dos outros colegas.
Os docentes afirmaram que, embora ministrem aulas para as mesmas
séries, a abordagem dos conteúdos se dá de forma diferenciada, o que requer
vontade de adequar e trocar métodos entre os docentes, como diz o Professor D:
[...] para qualquer mudança precisamos de tempo, tranquilidade e
mais capacitação [...] construir o blog é fácil, o problema é achar
tempo para postar atividades e retornar aos alunos, precisamos de
alguém dando apoio pedagógico a cada etapa [...].
Somam-se a isso, as argumentações da Professora A:
[...] eu acho que precisamos ser sinceros. Eu mal consigo dar conta
de corrigir provas, atender os pais quando vem até aqui e ficar
pensando como fazer esses alunos tirarem nota para não ficar com
os pais e direção pegando no pé [...] eu até sei fazer umas coisinhas
no computador, mas tenho até medo de tirar os alunos da sala de
aula [...].
A análise da exposição da Professora A, permite relembrar o que diz
Oliveira, quando chama a atenção para o aspecto do planejamento educacional que
deve contribuir para um ambiente de discussão visando as trocas de experiências
“[...] a partir dos interesses expressos por aqueles que vivem a escola no seu dia-a-
dia”, sinalizando “[...] que as melhorias e modificações na escola são frutos da
organização e da elaboração conjunta de seus integrantes” (2006, p. 60-61).
Verificou-se, na análise das respostas, que todos os professores possuem
conhecimentos razoáveis e facilidade em manusear o editor de texto, a planilha de
cálculo, e a Internet. Também notou-se receptividade para construção do blog,
embora, na opinião do Professor D:
[...] a possibilidade existe desde que não seja obrigatório dar retorno
a todos os alunos individualmente, ou seja, postar atividades, textos,
comunicados, etc.
O ideal, segundo eles, é reunir as principais dúvidas e as maiores
dificuldades dos estudantes e debater, em sala de aula com o grande grupo,
buscando, em conjunto, as soluções. Os professores reconhecem que precisam
estar preparados para lidar com as possíveis criticas direcionadas ao seu trabalho,
pois sabem que trabalhar com adolescentes requer, do professor, paciência e
principalmente domínio tanto dos conteúdos matemáticos como dos objetivos
traçados.
Dessa forma, as reflexões de Viana são pertinentes, pois apontam que a
educação deve servir “para a formação de pessoas críticas, conscientes e atuantes,
estabelecendo com outros homens relações de reciprocidade, para construir sua
cultura e história” (1986 apud OLIVEIRA, 2006, p. 62).
Quando foi perguntado a respeito do tipo de abordagem e conteúdos
necessários em um curso de formação sobre TIC´s, que possibilite a implementação
destes recursos nas aulas de Matemática, observou-se dúvidas do que seria
realmente preciso. As respostas das Professoras A e B, nesta ordem, refletem as
dificuldades presentes entre os professores entrevistados:
Precisamos em primeiro lugar em todas as escolas de um
laboratório de informática que funcione e que tenha um computador
por aluno. Todos sabemos que o equipamento não funciona direito,
trava quando muitos alunos precisam acessar a internet. Ainda
temos o problema de termos muitos alunos por turma e poucos
computadores, fica todo mundo empilhado, não consigo dar conta de
tantos problemas ao mesmo tempo. Quando penso que tá tudo
certo, a aula terminou. Não domino a informática, preciso sempre de
ajuda [...] sei que não sou a única que não conhece programas para
trabalhar a Matemática [...] Na outra escola que trabalho precisa ter
uma pessoa para ajudar quando temos dúvidas, tem muita gente
fora de sala [...].
Não tenho nem noção do que pedir, porque o meu conhecimento de
informática é muito reduzido. Utilizo algumas ferramentas para
realizar o meu trabalho, e aprendi quase tudo sozinha, e a maior
dificuldade é de que as escolas não possuem ninguém para ajudar
os professores dentro do laboratório de informática e quando tem
são funcionários que não compreendem o que queremos, porque
falta prática de sala de aula e conhecimento de didática. Não tenho
conhecimentos suficientes de softwares. Tenho muita coisa para
aprender. Por exemplo, eu tenho interesse de conhecer e utilizar no
ensino da Matemática um programa computacional educativo
específico para o ensino e aprendizado da geometria denominado
Cabri Géomètre.
As declarações dos professores reforçam a necessidade de as escolas
possuírem uma pessoa com conhecimentos didáticos/pedagógicos aliados ao saber
técnico, para atendê-los no laboratório de informática. Do mesmo modo, deve-se
valorizar “[...] o interesse que tem o professor de adquirir conhecimentos novos para
a realização de seu trabalho diário” (OLIVEIRA, 2006, p. 98).
O relato da Professora C contribui para a análise das práticas vivenciadas
pelos professores:
De que adianta a gente sonhar [...] quando temos alguma prática,
realizamos nas escolas e, nada funciona... é o computador que não
liga... é alguém que fez o que não devia e ficamos só na teoria, e no
dia seguinte estamos dentro da sala de aula e vemos que a escola
não tem estrutura para desenvolvermos atividades diferentes das já
conhecidas. [...] Precisamos muito mais além de tempo. Precisamos
de gente que nos ajude no sentido de buscar material e ajudar a
preparar para cada aluno, não fazer pela gente, mas providenciar
para não ficarmos doidinhos correndo atrás [....]. Aqui tem uma
professora que tá fora de sala e auxilia, mas na minha outra escola é
cada um por si [...].
O Professor D, com seu depoimento, completa a angústia relatada pela
Professora C:
Tenho dificuldade para acessar a internet quando estou com toda a
minha turma no laboratório de informática para pesquisar algum
assunto. Isso só ocorre porque preciso colocar três e quatro alunos
por computador. Este laboratório foi planejado para uso dos
professores daí o número insuficiente e, somo a esse entrave que os
equipamentos foram projetados para que cada quatro usuários
utilizem, apenas, uma CPU, o que acarreta travamento do sistema e
demora para acessar os links solicitados aos alunos, contribuindo
com a indisciplina [...]. Os cursos de capacitação não mensuram
essa problemática [...]. O ideal era chegar e estar tudo preparado e
FUNCIONANDO 100%.
Esses depoimentos somados à vivencia no ambiente escolar, em todos os
espaços e momentos que envolvem professores, escola e comunidade escolar, faz
repensar sobre ações possíveis. Assim, as sugestões apresentadas pelo professor
D são relevante, pois o ensinamento remete a refletir da importância de formas
diferenciadas de capacitação continuada direcionadas a mais de um tipo de público:
Vejo somente uma possibilidade para resolver essa minha angustia
separar por níveis de conhecimento e interesse. Digo isto porque sei
que existem professores que se identificam com determinadas
tecnologias de informação e comunicação. Por exemplo, eu prefiro
utilizar a mídia escrita e explorar a leitura e interpretação dos meus
alunos. Então, acredito que se tiver tempo para preparar conteúdos
e postar num blog específico, sei que posso colaborar com o ensino
e a aprendizagem dos assuntos matemáticos.
Quanto a questão que solicitava que os professores de Matemática
expusessem as TIC´s utilizadas nas aulas, a resposta do Professor D expressa as
dos demais:
A TV laranja, porque é mais fácil e já temos algum material e,
também porque é fácil baixar aulas da internet para passar aos
alunos [...]
As professoras A e B complementam argumentando que:
[..] aqui na escola tem quem pode fazer isso para nós [...] isso é algo
que nos ajuda muito porque qualquer dúvida corremos para a
professora do laboratório [...]
Já em relação ao questionamento sobre a importância do uso do
computador no processo de ensino/aprendizagem, bem como da solicitação, aos
professores da relação dos sites sobre Matemática mais utilizados por eles,
percebeu-se a preocupação dos educadores em cumprir os conteúdos do
planejamento escolar, buscando levar os estudantes à reflexão sobre a importância
do conhecimento matemático na resolução de problemas cotidianos, trazendo, desta
forma, a realidade para a sala de aula, nas palavras da professora A:
[...] o tempo é tão curto e o conteúdo extenso não dá para arrumar
uma atividade extra [...]”
Daí a importância da capacitação na formação profissional que contribuirá
“[...] para que o professor possa inserir-se nessa nova realidade [...] avaliar os
melhores programas educativos que podem ser utilizados em sala de aula [...] como
um novo recurso didático que pode contribuir na melhoria da qualidade de ensino”
(OLIVEIRA, 2006, p. 95).
Também observou-se nas respostas dadas pelos docentes, as angústias em
relação aos métodos utilizados e a crescente inquietação das consequências
advindas das constantes mudanças sociais e tecnológicas que atualmente atingem a
sociedade, refletindo sobremaneira no modo de agir da comunidade escolar. Assim,
é pertinente essas observações Kenski (2007, p. 109):
A escola da aprendizagem é muito diferente da escola do ensino. A escola da aprendizagem precisa de novos espaços, de outros tipos de temporalidades, de outra organização dos grupos de alunos e professores, de outras propostas pedagógicas, essencialmente novas e que se adaptem a diferentes formas e estilos de aprender de todos os participantes: professores e alunos.
A preocupação dos docentes é relevante, a Professora C esclarece que:
[...] mesmo que a escola e os professores, embora, sempre,
busquem meios que atendam as expectativas dos estudantes, não
conseguem com tanta facilidade como os jovens, acompanhar as
transformações sociais e tecnológicas [...]
Também é relevante citar o depoimento da professora B, com o objetivo de
elucidar o que esses professores consideram entraves na adequação de meios
tecnológicos com o ensino da Matemática:
[...] somente ações voltadas a implementação de meios tecnológicos
não supre a demanda da disciplina de Matemática [...].
Com certeza, se faz necessário repensar os métodos utilizados na
capacitação do corpo docente e as metodologias utilizadas pelos professores, cujo
maior desafio para a implementação de novos meios tecnológicos, conforme os
professores participantes do estudo, é a falta de tempo e a dificuldade de lidar com
essa nova geração que possui um nível de interação muito maior com as tecnologias
do que eles próprios. Os professores, além da falta de conhecimentos que muitos
têm dos meios midiáticos, não se sentem preparados para ajudar os alunos a
agregar as informações que possuem a partir das tecnologias com os
conhecimentos que a Escola se propõe trabalhar.
3.2 Da implementação do projeto – A construção do Blog
A elaboração de material didático com orientações de como construir um
blog precedeu a fase de implementação do projeto. Trata-se de um material que
objetiva a fundamentação e orientação na criação e na implementação de um Blog
como recurso auxiliar no processo de ensino/aprendizagem da Matemática.
Também constitui-se num dos requisitos apresentados ao Plano de
Desenvolvimento Educacional – PDE.
A construção do blog desenvolveu-se da seguinte forma: foram reunidos os
professores de Matemática no laboratório de informática do Colégio Estadual João
Turin, e após apresentar breves considerações que objetivaram demonstrar a
importância e a responsabilidade social do professor em iniciativas que visem
responder os anseios sociais no que tange ao acesso às novas tecnologias, passou-
se a segunda parte, apresentando orientações para a construção do Blog.
Assim, consultando o material didático, cada professor construiu seu próprio
blog. Segundo relato dos docentes, não houve dificuldades seguindo o passo a
passo do material disponibilizado. Conforme os professores, o maior obstáculo é o
tempo disponibilizado nas horas atividades, insuficientes para realimentarem o blog
com novos conteúdos e atividades, assim como, acompanhar o acesso dos
estudantes, fato, este, já relatado anteriormente por eles, por meio dos questionários
individuais e argumentações orais, descritos e analisados anteriormente.
4 Conclusão
É necessário ao professor, sensibilidade para obervar que a sociedade e a
escola encontram-se em constantes transformações e para compreender que
precisa acompanhar essas mudanças. Em meio às modificações sociais e
tecnológicas, deve investir em um novo perfil, escolhendo tecnologias adequadas ao
novo contexto que envolve a sala de aula.
As TIC´s apresentam-se como instrumentos possíveis para o alcance
desses objetivos quando exploradas de modo adequado e coerente com objetivos
definidos.
Neste artigo foi relatado e analisado o processo de construção e
implementação de um Blog voltado ao ensino/aprendizagem da Matemática,
descrevendo as expectativas, angústias e dificuldades dos professores no decorrer
do processo.
Na realização das atividades, verificou-se que o processo proporcionou aos
professores, reflexões quanto a importância e o conhecimento dos meios midiáticos
no ensino da Matemática e quanto ao modo de desenvolver conteúdos em sala de
aula.
Ao mesmo tempo, os professores reconhecem que não podem mais ignorar
o fato, eminente, da escola não conseguir acompanhar os avanços sociais e
tecnológicos. Na opinião dos docentes, deve-se investir na capacitação dos
professores respeitando os níveis de conhecimentos visando mudanças nas práticas
da sala de aula, pois, segundo estes profissionais, depois de tantos anos em que as
TIC’s fazem parte do dia a dia da sociedade, ainda existem inúmeras angústias que
acompanham e dificultam o desenvolvimento de métodos mais eficazes
direcionados ao ensino e aprendizagem da Matemática.
As angústias dos professores revelam-se quando admitem que não utilizam
softwares educacionais por desconhecerem as contribuições dessas ferramentas
para o ensino da Matemática. Adicionam a esse fato, as dificuldades encontradas
para manusear os equipamentos do Laboratório de Informática, cuja justificativa
consiste no fato da instituição possuir apenas um laboratório de informática com
número insuficiente de computadores para atender uma sala de aula com muitos
alunos, além dos inúmeros problemas técnicos pois, conforme descrevem, sempre
há equipamentos que não funcionam quando todos são ligados ao mesmo tempo.
Foram feitas críticas com relação ao número de usuários por CPU (quatro usuários),
o que dificulta a utilização de imagens e o acesso a internet no momento em que
todos equipamentos estão em uso, ligados ao mesmo tempo e na mesma rede,
ocorrendo travamento das máquinas desta rede.
Há carência de profissionais com prática pedagógica para trabalhar junto
aos professores e alunos com os meios midiáticos disponíveis nos Estabelecimentos
de Ensino em boa parte das escolas. Durante o desenvolvimento do projeto, por
meio de relatos de professores, notou-se a carência não só da capacitação
direcionada aos diversos níveis de conhecimentos tecnológicos dos docentes,
possibilitando, assim, cada vez mais, desenvolver e agregar capacidades e
competências a estes profissionais.
Assim, espera-se que os apontamentos deste artigo abram portas a uma
necessária discussão do papel das tecnologias no ensino aprendizagem da
Matemática, desencadeando reflexões sobre a importância da capacitação dos
professores para utilizarem as TIC´s no ensino das disciplinas escolares.
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